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A culpa é de todos!
É lamentável assistir à troca de acusações entre o ministro do Ambiente e os autarcas dos municípios afectados pelas cheias. Cada qual “sacode a água do capote” à sua maneira, não querendo assumir responsabilidades. Pois, mas a culpa é de todos! É culpa do sr. ministro porque tem desempenhado o papel que lhe convêm, consoante as circunstâncias. Que vai do ser mais invisível, despercebido, ignorante até ao mais funesto, à frente do ministério que tutela. É culpa dos autarcas porque todos os anos se repetem as cheias, são fenómenos que ainda não se podem controlar, mas que convêm prevenir a tempo. É a política do desleixo e da falta de planeamento! Parece que de um ano para outro já se esqueçeram dos estragos e prejuízos que resultam das inundações… ou então são mesmo muito burros, pois repetem sistematicamente os mesmos erros…
O “amigo” do Ambiente
O ministro Nunes Correia é tudo, menos amigo do ambiente. É daqueles ministros que pouco sobressaem, mas se estivermos atentos, reparamos que tem tido atitudes pouco dignificantes em relação ao Ministério que tutela. Seria daqueles ministros, aquando da recente remodelação governamental, que era muito bem dispensado! Vejamos, nada faz para se opôr à co-incineração do Outão, em plena Serra da Arrábida e um dos mais belos paraísos de Portugal. Se não forem os municípios de Setúbal, Sesimbra e Palmela a tentarem impedir (pela via judicial) que a serra seja “descascada” e para que se possam travar os efeitos negativos que a co-incineração tem para o impacto ambiental daquela zona, não sei o que seria da Arrábida! Mais recentemente, veio em diversos meios de comunicação social que agora se quer construir uma barragem no Tua. Um paredão com mais de 100 metros de altura que irá inundar mais de mil hectares de terrenos, alguns agrícolas, com vinhas e olivais. Para além de condenar a linha ferroviária do Tua (única na Europa), que já merecia o título de Património Mundial. Recorde-se ainda, que esta linha sofreu obras devido ao grave acidente que ali ocorreu, e, se o projecto da barragem for por diante, os milhares ou milhões de euros que ali foram gastos nas obras, vão pelo cano abaixo…
Ainda hoje no jornal Público, vem a notícia de que o Governo se prepara para retirar 744 hectares da REN na Comporta, para o Grupo Espírito Santo poder construir um megaempreendimento turístico de 12.500 hectares junto à costa atlântica.
Isto tudo lhe passa ao lado, ou se não lhe passa, remete-se para um cómodo silêncio…
Infelizmente, este ministro Nunes Correia irá ficar na História… pela medíocridade do seu empenho em prol do Ambiente!